“Se uma sociedade sem idosos não terá experiência nem sabedoria para
formar novas gerações, uma sociedade ausente de jovens não logrará seu
futuro.” (Carlos Cezar)
Especula-se muito sobre o futuro das crianças e dos adolescentes na
sociedade brasileira, o que, de certo modo, deixa-nos apreensivos ante
tantas incertezas e mazelas.
Incerteza num futuro promissor. Incerteza
na redução da violência fomentada pelas drogas e toda espécie de vícios
que embrutecem os homens. Incerteza na almejada conquista de uma
sociedade igualitária. Incerteza na capacidade do governo de implementar
políticas sócio-econômicas eficazes no combate à pobreza e ao
desemprego.
Enfim, que esperança terão nossos infantes e púberes se não lhes
dermos condições apropriadas para vencer o espectro que assombra o seu
futuro? Nenhuma.
Hoje, a multidão de crianças e adolescentes incapazes de lidar com a
principal questão da vida: “ter um futuro”; deixa patente a frustração
que usurpa sua esperança no amanhã.
Ninguém se iluda imaginando ser totalmente independente da ajuda de
Deus. É dever de todo ser humano reconhecer a Soberania divina,
considerando que a chuva que cai, o sol que diariamente refulge no
horizonte, o orvalho que rega os campos, o sustento conquistado pelo
suor do rosto (proveniente da saúde física) tudo é providência do
Criador, a quem devemos reverenciar, amar e glorificar.
No salmo 103 Davi se expressa com gratidão ao Deus Altíssimo:
“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu
santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de
nenhum de seus benefícios”. (vs. 1,2)
A história bíblica relata de modo instrutivo e verossímil a biografia
de um jovem pastor de ovelhas de Belém, de Judá, aldeia distante oito
quilômetros ao sul de Jerusalém. Que futuro poderia almejar um simples
pastor de ovelhas? Nada além do pastoreio de animais extremamente
dóceis, necessitados de amparo e proteção contra alcatéia de predadores
famintos.
A juventude de Davi foi marcada pela submissão aos seus pais e
solidário comprometimento nas cotidianas tarefas no pastoreio de gado
juntamente com seus irmãos. Enquanto os mais velhos foram convocados
para o exército do rei Saul, Davi auxiliava seus pais naquilo que
necessitavam. Que belo exemplo digno de ser imitado pelos jovens de
hoje.
Infelizmente, uma proporção de milhares de crianças e adolescentes
não conhece o dever da submissão aos pais nem o valor da solidariedade
ao próximo. Crescem auto-suficientes imaginando que podem infringir as
leis, contestar a legalidade das instituições e, desobrigados de seus
deveres, se julgam impunes.
Muitos não sabem ou se esquecem que “honrar aos pais” é um dever
sagrado que figura no decálogo estabelecido por Deus como norma de
conduta espiritual, moral e social para todos os homens em todos os
continentes e épocas. O futuro da nova geração depende exclusivamente da
reverência ao Criador, obediência aos seus preceitos, além da submissão
aos pais e respeito ás instituições. Uma sociedade composta de cidadãos
desordeiros, insubmissos e anti-sociais, estará completamente arruinada
e condenada à completa extinção.
É dever das instituições solidificar o caminho para o futuro de
nossas crianças e adolescentes, como finalidade de termos uma sociedade
mais justa, solidária e comprometida com os ditames da Palavra de Deus
(Bíblia) outorgados pelo Criador para que todos tenham o seu lugar ao
sol, sem que haja desrespeito aos direitos humanos.
por Carlos Cezar de Souza
Pastor, Articulista, professor de Antropologia e Geografia Bíblica no
Sepego (Seminário Pentecostal de Goiás), Foi missionário na Grécia e nos
Estados Unidos.
Fonte: Gospel Prime
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